terça-feira, junho 10, 2008

Finalmente, o Encontro de Webdesign

Então que no outro sábado, dia 31/05, teve o 13º Encontro de Webdesign, no Othon, e eu fui. Eu tentei, mas é impossível não ficar comparando com o encontro da Locaweb. No EWD tiveram só 3 palestras, eu gostei muito de todas, mas ainda assim atrasou. Achei que podia ser melhor organizado pra ter ao menos mais uma (no Locaweb foram seis, o dobro, e o tempo deu certinho). Eu sei que é necessário captar a atenção do público, mas logo no começo eu achei um pouco forçada a "espetacularização" do negócio, quase me senti num programa de auditório... No quesito stands, o EWD ganhou de lavada. Além da quantidade, eu achei bem mais atrativo, e voltei carregada de folhetos e com a sincera intenção de conhecer melhor a maioria dos serviços apresentados – a maioria era de hospedagem, e foi até interessante ver a guerra dos hosts quando os patrocinadores foram chamados pra vender seu peixe no palco, mas isso também atrasou um pouco a dinâmica das apresentações. Achei desnecessário, os stands poderiam ter sido melhor aproveitados para isso, não?

Enfim, como eu disse, gostei muito das três palestras. Na primeira, o Ronaldo Gazel fez uma interessante viagem ao passado, abordando os temas linguagem; arte, design e tecnologia; e estética e personalidade, desembocando nas possibilidades criadas pela web e mostrando como essa evolução, em todos os aspectos, vem para facilitar o acesso de todos à informação e mais, ao processo de produção e compartilhamento de conteúdo. No final, a advertência de que devemos sempre buscar nossas origens, conhecer o passado para vencer o medo de seguir adiante.

Na segunda palestra, o Caio falou de design centrado no usuário. Não sei se sou eu que já venho buscando muita informação sobre o tema há mais tempo ou se ele realmente não é nenhuma novidade, mas batido ou não é um tema importantésimo para o webdesigner. E achei bacana que, talvez por vir da área de Administração, o Caio não ficou só chovendo no molhado e demonstrou uma metodologia para se desenvolver o DCU. Meio acadêmico demais pro meu gosto, mas adequado.

À tarde, o Raphael Vasconcellos, da Agência Click, falou sobre a o desafio de se fazer comunicação no atual cenário da web 2.0, ressaltando a importância da interatividade e de se despertar no usuário o desejo de conhecer e compartilhar seu conteúdo. A apresentação foi recheada de cases bacanas.

Aí, depois de todas as palestras, eles inventaram uma tal de "mesa-redonda interativa". Ok que toda mesa redonda é interativa, mas há que se explorar as palavras do momento, não é mesmo, minha gente? Entonces, a dinâmica do negócio era o seguinte: em vez de abrir para quem quisesse levantar a mão e perguntar, eles fizeram uma brincadeira de batata quente: uma música ia rolando enquanto uma bola amarela passava de mão em mão, quando a música parasse, o premiado com a batata quente na mão teria a honra de fazer uma pergunta. Em pé. No microfone. Disseram que isso era pra "descontrair" e dar mais chance aos tímidos, mas eu, como representante das tímidas, digo que tímidos às vezes preferem ficar quietinhos no seu canto.

Mas eu sou também uma representante das tímidas abençoada por murphy, né?, e em qual mão a batata caiu de primeira? Na minha, of course. Quando é sorteio, eu não ganho nem caneta, mas se é pra pagar mico, é nóis.

Eu não lembro mais exatamente como eu perguntei, mas lembro que fiquei com a sensação de não ter formulado a pergunta direito, então vou tentar escrever aqui o que eu realmente queria perguntar. Apesar de poder ter parecido que não, eu gostei muito dos cases apresentados pelo Raphael, mas achei que havia uma tendência (ui) a fazer soluções para nerds. Eu sou meio nerd, então gostei, mas olhando como publicitária, será que buscar inovações e interatividade DEMAIS não pode ser uma armadilha, quando se trata de um público, digamos, menos nerd?

Tentei fazer um link entre as apresentações do Raphael e do Caio, e questionei se esse tipo de solução não correria sério risco de não se centrar no usuário – afinal, como o Caio sempre diz, o usuário não tem que se adaptar a nada, quem quer conquistá-lo que se adapte a ele. E eu sinceramente achei que vimos um belo apanhado de ótimas soluções para iniciados em web 2.0, mas talvez muito pouco eficientes para outro tipo de público, publico este que está sim na internet, e que provavelmente gostaria de ter aquela sensação que nós nerds temos ao ver uma campanha genial desenvolvida com foco na área dele! A menina que perguntou depois de mim falou sobre, se não me engano, cooperativa médica. Era isso! Como explorar as possibilidades de interação da web hoje visando um público mais comum, como médicos, engenheiros, atletas, psicólogos, empresários, advogados, artistas e mais um sem fim de gente que usa a internet até diariamente, mas não intui certas coisas que pra nós são óbvias?

Dá pano pra manga, né? Só esse assunto alimentava uma noite no boteco, fácil. Mas não tínhamos mais que alguns minutos, e eu achei uma pena que a mesa redonda não se estendesse mais. Se não me engano foram só umas quatro ou cinco perguntas, e depois mais um tempão pros patrocinadores sortearem seus brindes. Acho que valeu a pena (eu ganhei uma camiseta por ter perguntado, mas quis dizer que valeu a pena o evento como um todo, que fique claro).

***

Pê-ésses à toa:

- Até eu me assustei em constatar meu nível de nerdice. Toda vez que alguém perguntava coisas como "quem aí baixa lost?", "quem já viu esse vídeo?", "quem tem twitter?" ou "quem já leu o mochileiro das galáxias?" lá ia eu levantando a mãozinha. Quem sabe um dia eu deixe ser pábre e seja uma nerd utilizando o uáifái do evento pra fazer notas e não demorar tanto pra postar sobre?

- Quem inventou aquela sacola do evento esqueceu de pensar na *usabilidade* (hohoho). Uma sacola plástica molenga bem mais larga que as cadeiras do auditório era um trambolho difícil de manusear. Eu esvaziei e dobrei a minha pra guardar na bolsa.

Um comentário:

Anônimo disse...

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