segunda-feira, junho 30, 2008

o bom filho à casa torna

estou de volta!

por um lado, feliz pela certeza da caminha quentinha e do banheiro decente pra tomar banho quente – fora a sodade do namorado, né? –, mas não nego que fiquei triste de separar da galera antes do fim da aventura! voltei no sábado, de tiradentes, e cheguei tão cansada que praticamente hibernei o resto do fim de semana. mas continuo acompanhando a viagem da turma pelo blog deles, esperando ansiosamente o próximo post e imaginando onde estão agora, como foi o dia, onde estão dormindo... tô organizando ainda as trocentas fotos que eu tirei (só as minhas, porque dos dois fotógrafos do grupo tem muuuuito mais) e prometo que em breve mando o link!

mas confesso que a volta ao mundo real ainda tá difícil. tem horas que dá uma vontade de jogar tudo pro alto e abrir um cumercinho qualquer numa das cidades minúsculas que conheci (ou numa das que não conheci ainda...). quem sabe um dia? ;-)

domingo, junho 22, 2008

Domingão no bagaço

Escrito na quinta-feira, 19 de junho, 20h: estamos em Morro do Pilar, pra onde viemos logo depois do almoço em Conceição do Mato Dentro. Foi um estirão de 27km, com algumas subidas bem puxadas pros ciclistas. De novo, chegamos já no escuro e sem a menor condição de armar acampamento, e acabamos conseguindo pouso numa casinha de moradores locais, seu Vandinho e dona Ondina, pessoas gente finíssimas!

Pra variar, também, aqui a porcaria do vivo não pega, logo, não tem conexão. Amanhã seguimos para Itambé do Mato Dentro, onde espero conseguir conectar. Foda que só tenho conseguido conexão nas cidades em que almoçamos, daí não dá pra enrolar demais, temos hora pra zarpar. Mas vou dando notícias assim, picadinho.

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Escrito na sexta-feira, 20 de junho, 19h40: não rolou conexão em Itambé, nem aqui em Senhora do Carmo, onde pernoitaremos hoje. Hoje nem rolou almoço, o primeiro trecho foi de 35km e fizemos um piquenique na beira da estrada. Temos zil fotos, que publicarei assim que der. Apesar da falta de conexão, temos dado sorte de achar pousos em casas e/ou pousadas simples porém muito acolhedoras, com gente da melhor qualidade, cama arrumada e chuveiro quntinho. Agora vou nessa que a janta já deve estar pronta.

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Escrito no domingo, 22 de junho, 21h: estamos em Santa Bárbara, instalados na casinha fofa do Fred e da Mércia. Hoje a pedalada/caminhonetada foi mais curta (só 22km), mas eu tô no bagaço. Dormimos a última noite em Cocais, mas foi um sufoco pra conseguir um teto, não tinha infra nenhuma e estávamos todos muito cansados. Eu, particularmente, bem mal-humorada tb. Hoje visitamos um sítio arqueológico fantástico e acabamos almoçando em barraquinhas de uma festa de São João em Barão de Cocais. Depois de eu ter que ligar pra vivo dando esporro, consegui conectar, tentei pôr em dia emails e etc, mas é mesmo muito lento, e eu acho que to até meio lesada de cansaço. O troço é bem puxado, e amanhã voltamos ao ritmo normal.

Mas apesar do cansaço, tô achando o passeio maravilhoso, as paisagens são lindas, o povo, em geral, é muito acolhedor e não tenho dúvidas de que está sendo uma experiência inesquecível!

quinta-feira, junho 19, 2008

Quarto dia, Conceição do Mato Dentro

Quarta-feira, 18 de junho, 19h. Estamos em Córregos, entre Serro e Conceição do Mato Dentro, e nenhum celular pega, logo, não há conexão e este texto que escrevo no word não será postado hoje...

Ontem pernoitamos em Alvorada de Minas, numa pousada ainda em construção, muito simples, mas arrumadinha e quentinha, ieba! E hoje foi o dia das zicas. Logo na saída de Alvorada, a Clara caiu da bike e ralou o joelho todo. Eu, que cheguei no ponto de encontro uns 40 minutos antes do resto – normal, tive que voltar pra buscá-la. Depois conseguimos a proeza de errarmos TODOS o caminho, virando à esquerda onde devíamos virar à direita. Só que o caminho errado por coincidência chegava no mesmo lugar, Itapanhoacanga (doravante, Tubiacanga, porque eu tive que colar pra escrever esse nome) e só dois dos ciclistas acabaram não chegando. Lá fomos nós de novo atrás deles, andamos uns 40km de carro, voltamos pelo caminho certo, passamos pelo errado e acabamos voltando por um terceiro, mais errado ainda, mas que era o que eles tinham feito, graças a deus! Já estávamos com medo de eles terem ido parar em Conceição do Mato Dentro!

O povo de Tubiacanga, como de todas as cidadezinhas que passamos, é super acolhedor. Paramos pra perguntar onde tinha uma vendinha pra comprar banana e rapidinho ganhamos (de graça) não um, mas dois cachos enormes, colhidos nos quintais das casas ali, na hora. Um dos moradores ainda fez questão de levar a Clara até o posto de saúde, para lavar o machucado e fazer um curativo direito. Isso tudo foi antes de darmos pela falta dos perdidos, quando voltamos à cidade eles já tinham passado, e nós nem paramos, embicamos logo na estrada para Tapera, nome mais curto de Santo Antônio do Norte, a próxima parada.

Foi umas duas horas na brincadeira de procurar, mas ainda assim passamos pelos ciclistas ainda no começo dos 14km que separam Tapera de Tubiacanga. A subida estava pedreira, e mal sabiam eles que o que vinha pela frente era mais literalmente pedreira ainda. Foi o trecho mais punk de toda a viagem, até quando era descida era ladeirão, muita vala, muita pedra, areia fofa, uma tristeza! E aí teve o segundo tombo, o José chegou todo ralado! A sorte foi que chegamos a Tapera e conseguimos um restaurante-pousada-mercearia-e-etc cuja dona topou preparar uma bóia caprichada pra oito famintos, apesar de já ser umas 15h30! Quando os outros ciclistas chegaram, já estava quase pronto o almocim com arroz, feijão, ovo frito, farofa e carne cozida! Nham nham, bom demais!

O cronograma, de novo, tava ferrado, mas ainda tentamos diminuir o atraso continuando até córregos, a 10km de Tapera. O José veio na caminhonete conosco e nós chegamos rapidinho, a estrada era o oposto da outra, poucas subidas e descidas, curvas suaves e terra batida. Um tapete pros pedaleiros! Mas mesmo assim chegamos em Córregos com o sol posto. A única pousada da cidade é bem chiquezinha e não tinha lugar pra camping! Tivemos que chorar um desconto, usar nossas próprias roupas de cama e embolar todo mundo em dois quartos. Mas rolou, mais uma noite sem friaca! E tinha até TV, deu pros mais animados verem o jogo do Brasil. Eu, que já comecei o jogo ganhando no bolão e sabia que iria ganhar mesmo, fiz bem e dormi logo!

Agora são 13h15 de quinta e estamos almoçando em Conceição do Mato Dentro. Os primeiros 22km do dia foram beeeem mais tranqüilos que ontem, e parece que finalmente vamos conseguir cumprir um cronograma! Se tudo der certo, passamos esta noite em Morro do Pilar, onde eu não sei se terá conexão pra internet... Se tiver como, mando mais notícias, talvez fotos, temos quatro fotografando e muitas, muitas fotos lindas!

terça-feira, junho 17, 2008

Primeiras notícias da Estrada Real

Terça-feira, 17 de junho, 14h. Estamos em Serro, a 60 km de Diamantina, esperando os ciclistas chegarem para almoçarmos e seguirmos adiante.

A conexão é muito lenta, ontem consegui ler meus emails mas não consegui entrar no blogger nem a pau. Agora escrevo no word, vamo ver quando consigo postar.

Então, depois de um show matador do matanza no sábado à noite, dormi algumas horas e acordei domingo cedo pra pegar a estrada. O Paulo e a Clara me pegaram de caminhonete, viemos até Diamantina nós três e as sete bikes, enquantos os outros cinco pedaleiros vinham de ons.

Pernoitamos num camping em Diamantina, e eu quase morri de tanto frio. De madrugada eu quis chorar e pedir pela minha mãe, juro. Mas aí o sol saiu lindo, a paisagem tava uma maravilha, e eu esqueci que nem dormi. Mas é claro, antes de sair passei no centro e dei um upgrade nas minhas cobertas.

Duas noites mal dormidas e eu assumi o volante na viagem propriamente dita, que começou ontem. Eu vou de carro, mas seguindo mais ou menos o ritmo dos ciclistas, parando a cada 5 ou 10 km para reunir a turma. A Clara pedala um pouquinho, depois vai de co-pilota na caminhonete. Saímos de Diamantina ontem já devia ser quase meio-dia. A estrada é muito linda, e a gente pára tanto pra apreciar a vista e tirar fotos que é fácil ficar emparelhado com eles mesmo...

Paramos num riachinho com uma queda d’água delícia demais. Gelada, só molhei o pé, mas é muita tranqüilidade! Depois seguimos até Vau, cidade com 300 habitantes, linda e minúscula, onde paramos no buteco do seu Zé Braga pra comer uma calabresa com batata frita. Logo depois, na divisa de Diamantina com o Serro, o rio Jequitinhonha. Esqueçam a música e o artesanato do vale, o rio é LINDIMAIS e merece muita babação por si só. Nós tiramos várias fotas, mas eu não vou pôr aqui por enquanto (se der tempo depois eu ponho, mas no blog do Dá Pedal em breve deve ter).

Chegamos em São Gonçalo do Rio das Pedras umas 17h, já quase escurecendo e resolvemos pernoitar por lá mesmo. Foi bom que descolamos um camping que tinha uma casinha, daí que além de mais equipada eu dormi dentro de paredes (amo paredes) e rolou de finalmente dormir! Foi bom tb que com menos acampamento pra desmontar conseguimos sair mais cedo, às 9h30. Rapidinho chegamos em Milho Verde, cidade mega fofa, mas não pudemos perder muito tempo por lá, e já viemos pro Serro, com uma pequena para na venda da Tiane, em Três Barras, onde abastecemos de biscoito e iogurte.

Agora eu to restaurante da praça principal do Serro, esperando o blogger carregar pra postarmos as fotos de ontem no blog do Dá Pedal. Hora do almoço, vou-me nessa!

quinta-feira, junho 12, 2008

por quê não?

mal deu tempo de avisar aos amigos sobre o último site que eu fiz, do dá pedal, um grupo de amigos que, há anos, se junta nas férias para fazer uma viagem de bicicleta por algum canto desse brasilzão de meu deus, parando pelo caminho para fazer exposições ecológicas. como muitos deles são também fotógrafos profissas, o site tem uma galeria lindona das viagens que eles já fizeram. este ano, a aventura será pelo caminho velho da estrada real. na próxima segunda, eles começam em diamantina a pedalar os pouco mais de mil quilômetros em direção a paraty.

daí que a clara, minha tia e assessora de comunicação da empreitada, me ligou essa semana dizendo que o motorista do carro de apoio não poderia mais ir e me convidou para assumir o posto. meu primeiro impulso foi dizer "mas faltam poucos dias, eu não posso!", mas isso durou bem pouco. ela tava toda empolgada do outro lado da linha, falando de passeios lindos e muitas cachoeiras, sem stress e com uma turma divertida – inclusive um cozinheiro, hohoho – e eu, que já estava bem encantada por todas as imagens que vi fazendo o site e ando com meu espírito aventureiro aguçado como nunca, parei um pouco e pensei "uai, por quê não?"

não faltou mais nada: domingo agora estou de partida com a turma para diamantina! minto, na verdade faltava uma coisinha sim. ao contrário do que quando fui pro spa, não estou psicologicamente preparada pra ficar desconectada, e tô meio incomodada com alguns projetos engastalhados que nem são difíceis, mas que não tenho consigo engatar nos últimos dias. achei a desculpa perfeita e num supetão decidi tomar vergonha e comprar meu notebook. e foi aí que juntaram-se a fome, a vontade de comer e a intervenção do universo cósmico que sempre conspira quando algo tem que ser – esta última personificada pelo meu querido paizinho, que resolveu me dar o note de presente! uhuuuu!

acho que não precisava mais sinal nenhum, né? não sei se conseguirei postar algo aqui antes de domingo, mas podem apostar que mandarei notícias da viagem. excrusive, quem se interessou pela aventura dos pedaleiros pode aproveitar e acompanhar também pelo blog deles, em que não posto, dou um suporte técnico. aguardem-nos! :-)

terça-feira, junho 10, 2008

Finalmente, o Encontro de Webdesign

Então que no outro sábado, dia 31/05, teve o 13º Encontro de Webdesign, no Othon, e eu fui. Eu tentei, mas é impossível não ficar comparando com o encontro da Locaweb. No EWD tiveram só 3 palestras, eu gostei muito de todas, mas ainda assim atrasou. Achei que podia ser melhor organizado pra ter ao menos mais uma (no Locaweb foram seis, o dobro, e o tempo deu certinho). Eu sei que é necessário captar a atenção do público, mas logo no começo eu achei um pouco forçada a "espetacularização" do negócio, quase me senti num programa de auditório... No quesito stands, o EWD ganhou de lavada. Além da quantidade, eu achei bem mais atrativo, e voltei carregada de folhetos e com a sincera intenção de conhecer melhor a maioria dos serviços apresentados – a maioria era de hospedagem, e foi até interessante ver a guerra dos hosts quando os patrocinadores foram chamados pra vender seu peixe no palco, mas isso também atrasou um pouco a dinâmica das apresentações. Achei desnecessário, os stands poderiam ter sido melhor aproveitados para isso, não?

Enfim, como eu disse, gostei muito das três palestras. Na primeira, o Ronaldo Gazel fez uma interessante viagem ao passado, abordando os temas linguagem; arte, design e tecnologia; e estética e personalidade, desembocando nas possibilidades criadas pela web e mostrando como essa evolução, em todos os aspectos, vem para facilitar o acesso de todos à informação e mais, ao processo de produção e compartilhamento de conteúdo. No final, a advertência de que devemos sempre buscar nossas origens, conhecer o passado para vencer o medo de seguir adiante.

Na segunda palestra, o Caio falou de design centrado no usuário. Não sei se sou eu que já venho buscando muita informação sobre o tema há mais tempo ou se ele realmente não é nenhuma novidade, mas batido ou não é um tema importantésimo para o webdesigner. E achei bacana que, talvez por vir da área de Administração, o Caio não ficou só chovendo no molhado e demonstrou uma metodologia para se desenvolver o DCU. Meio acadêmico demais pro meu gosto, mas adequado.

À tarde, o Raphael Vasconcellos, da Agência Click, falou sobre a o desafio de se fazer comunicação no atual cenário da web 2.0, ressaltando a importância da interatividade e de se despertar no usuário o desejo de conhecer e compartilhar seu conteúdo. A apresentação foi recheada de cases bacanas.

Aí, depois de todas as palestras, eles inventaram uma tal de "mesa-redonda interativa". Ok que toda mesa redonda é interativa, mas há que se explorar as palavras do momento, não é mesmo, minha gente? Entonces, a dinâmica do negócio era o seguinte: em vez de abrir para quem quisesse levantar a mão e perguntar, eles fizeram uma brincadeira de batata quente: uma música ia rolando enquanto uma bola amarela passava de mão em mão, quando a música parasse, o premiado com a batata quente na mão teria a honra de fazer uma pergunta. Em pé. No microfone. Disseram que isso era pra "descontrair" e dar mais chance aos tímidos, mas eu, como representante das tímidas, digo que tímidos às vezes preferem ficar quietinhos no seu canto.

Mas eu sou também uma representante das tímidas abençoada por murphy, né?, e em qual mão a batata caiu de primeira? Na minha, of course. Quando é sorteio, eu não ganho nem caneta, mas se é pra pagar mico, é nóis.

Eu não lembro mais exatamente como eu perguntei, mas lembro que fiquei com a sensação de não ter formulado a pergunta direito, então vou tentar escrever aqui o que eu realmente queria perguntar. Apesar de poder ter parecido que não, eu gostei muito dos cases apresentados pelo Raphael, mas achei que havia uma tendência (ui) a fazer soluções para nerds. Eu sou meio nerd, então gostei, mas olhando como publicitária, será que buscar inovações e interatividade DEMAIS não pode ser uma armadilha, quando se trata de um público, digamos, menos nerd?

Tentei fazer um link entre as apresentações do Raphael e do Caio, e questionei se esse tipo de solução não correria sério risco de não se centrar no usuário – afinal, como o Caio sempre diz, o usuário não tem que se adaptar a nada, quem quer conquistá-lo que se adapte a ele. E eu sinceramente achei que vimos um belo apanhado de ótimas soluções para iniciados em web 2.0, mas talvez muito pouco eficientes para outro tipo de público, publico este que está sim na internet, e que provavelmente gostaria de ter aquela sensação que nós nerds temos ao ver uma campanha genial desenvolvida com foco na área dele! A menina que perguntou depois de mim falou sobre, se não me engano, cooperativa médica. Era isso! Como explorar as possibilidades de interação da web hoje visando um público mais comum, como médicos, engenheiros, atletas, psicólogos, empresários, advogados, artistas e mais um sem fim de gente que usa a internet até diariamente, mas não intui certas coisas que pra nós são óbvias?

Dá pano pra manga, né? Só esse assunto alimentava uma noite no boteco, fácil. Mas não tínhamos mais que alguns minutos, e eu achei uma pena que a mesa redonda não se estendesse mais. Se não me engano foram só umas quatro ou cinco perguntas, e depois mais um tempão pros patrocinadores sortearem seus brindes. Acho que valeu a pena (eu ganhei uma camiseta por ter perguntado, mas quis dizer que valeu a pena o evento como um todo, que fique claro).

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Pê-ésses à toa:

- Até eu me assustei em constatar meu nível de nerdice. Toda vez que alguém perguntava coisas como "quem aí baixa lost?", "quem já viu esse vídeo?", "quem tem twitter?" ou "quem já leu o mochileiro das galáxias?" lá ia eu levantando a mãozinha. Quem sabe um dia eu deixe ser pábre e seja uma nerd utilizando o uáifái do evento pra fazer notas e não demorar tanto pra postar sobre?

- Quem inventou aquela sacola do evento esqueceu de pensar na *usabilidade* (hohoho). Uma sacola plástica molenga bem mais larga que as cadeiras do auditório era um trambolho difícil de manusear. Eu esvaziei e dobrei a minha pra guardar na bolsa.

common craft fazendo escola...

acabo de ver no youtube um vídeo da produzido para a cemig para mostrar didaticamente como se gera energia a partir do lixo. a intenção é ótima, mas a solução encontrada foi uma chupada descaradésima dos excelentes vídeos da common craft (que inclusive eu já indiquei aqui antes). vejam:



o maior problema, no meu ponto de vista, é ético, claro. em nenhum momento, na descrição do vídeo no youtube, a agência explicita de onde veio a inspiração, e eu seria capaz de apostar que o cliente também não sabe. talvez seja ingenuidade minha, mas eu acredito que eles nem precisariam deixar de fazer o vídeo assim, bastava assumir que estavam utilizando um modelo já famoso e bem sucedido de vídeos explicativos, e citar o original – como uma homenagem, quem sabe?

eu sei que a criatividade poderia levá-los a encontrar uma outra solução, mas não condenaria se fosse feito às claras. afinal, o modelo da common craft é realmente super didático e ainda não difundido entre os não-nerds brasileiros. mas pegou mal, e mesmo que essa "pequena" omissão nunca chegue ao público-alvo principal do vídeo (que foi produzido para exibição em um evento na própria cemig), certamente vai se espalhar pela net. eu mesma não resisti a deixar um comentário lá no youtube. e aí? não seria melhor assumir e acabar com o risco de uma puta propaganda negativa? eu acho...

fora isso, o vídeo da cemig tem um outro problema que é uma certa falta de sincronia entre o texto e as imagens, além de estas muitas vezes não serem tão obviamente ilustrativas como deveriam. eu me perdi em alguns momentos da explicação, tentando reconhecer o que estava ilustrado, mesmo com o áudio em português – problema que nunca tive com os originais, mesmo tendo que ler a legenda.

ainda assim, ressalto que acho uma pena, pois como disse no início, a intenção é boa. apesar de ser uma propaganda, informação sobre o lixo e as soluções para minimizar seu impacto ambiental são sempre bem-vindas.

domingo, junho 08, 2008

sex and the city

quatro amigas, cada uma vivendo uma fase distinta da vida. elas são como irmãs e dividem suas angústias, felicidades, descobertas e dúvidas umas com as outras, e mesmo quando o assunto esgota, elas se sentem em família juntas, nem que seja só para rir muito de coisas absolutamente idiotas. um dia, essas quatro amigas vão juntas ao cinema assistir à história de outras quatro amigas, cada uma vivendo uma fase distinta da vida, que são como irmãs e dividem suas angústias, felicidades, descobertas e dúvidas...

mesmo que fosse para ver na telona apenas um grande videoclipe dos melhores momentos de sex and the city, já teria valido a pena. mas melhor do que isso, o filme surpreendeu pelo roteiro bem amarrado, pelos momentos bem dosados de humor e drama, pela coerência com que manteve as quatro personalidades. impossível não se reconhecer, não se emocionar e tentar esconder os olhos marejados ao final da sessão. sex and the city é um filme mulherzinha sim, sem perder a inteligência e a sensibilidade. ótimo para pequenas auto-análises e cheio de referências que por mais bem intencionado que seja um homem, ele dificilmente vai entender de verdade. foi um dos melhores programas dos últimos tempos, ainda mais especial por causa das companhias.

mas atenção: se ao sair da sala de cinema você quiser ir a um café pedir um cosmopolitan, prepare-se: "inexplicavelmente", terá um boom de pedidos do drinque e o barman estará um bocado sobrecarregado... ;-)

sexta-feira, junho 06, 2008

drops

o firefox pretende entrar para o guinness na ocasião do lançamento da sua versão 3.0, e para isso convida os usuários a participar do download day – em data ainda não definida. mais de 850 mil pessoas já confirmaram sua participação no site, eu inclusive. para saber mais, vai lá.
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adorei isso: uma espécie de extensão de portas usb, com quatro entradas, todo coloridinho. nerd e fofo.
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o ning é um site que permite a criação de redes sociais sobre assuntos específicos. eu já tinha recebido convites para entrar em redes que não me interessaram muito, hoje me cadastrei na rede sobre design, que parece valer a pena. tomara.
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coloquei aí do lado o treco que mostra minhas últimas atualizações no twitter. vou ver se aprendo a mudar o layout, tá mei embolado, né?
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falando em twitter, será esse post cheio de microposts um sintoma?
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ontem foi o dia do meio ambiente e acabou que eu não postei nada. mas eu queria dizer que, pra mim, o dia do meio ambiente é que nem o dia da mulher: todo dia.
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já falei que meu novo vício seriadístico é in treatment? o texto é ótimo, e o gabriel byrne é melhor ainda!
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antes tarde do que nunca, se tudo der certo, hoje ainda eu posto sobre o Encontro de Webdesign.
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há alguns dias, o pirata me mandou o vídeo abaixo, que é lindo! assistam:

domingo, junho 01, 2008

a pergunta que não quer calar

você quer contratar um designer gráfico e tem muita gente querendo a vaga. aí você dá um teste para todos: em apenas 3 horas, o candidato deve ler um briefing, desenvolver uma logomarca, um manual de indentidade, um folder, um outdoor e um anúncio de revista. ele só pode utilizar o corel e o photoshop, usar algumas batidaças imagens de bancos de internet já pré-selecionadas por você e gerar pdf pra todas as peças, num computador meia boca e sem distiller. fala sério: você teria coragem de contratar o cara que conseguisse fazer tudo isso nesse prazo?