carnaval em beagá, sem dinheiro e com chuva sem parar só podia dar nisso: edredon, namorado e um montão de filmes! vamulá:
sábado
mais estranho que a ficção: muito bom, chegou a me surpreender. curioso que depois me disseram que o maior problema foi ele ter sido vendido como um seguidor de kaufman, coisa que eu não tinha ouvido falar mas que eu mesma pensei no meio do filme. logo, não é uma comparação tão absurda assim. digamos que poderia bem ser um kaufman em início de carreira. ou o donald. enfim, o filme é bom, divertido e inteligente, eu recomendo.
cartola - música para os olhos: decepcionante. eu já tinha achado ruim ao ver que o filme só tinha uma hora e pouco. como contar a vida do cartola em tão pouco tempo? bobear até aqueles especiais da globo são maiores. enfim, ainda bem que é curto, porque é muito ruim. só não digo "péssimo" porque minha religião não permite pôr "péssimo" e "cartola" na mesma frase, mas não foi por falta de esforço da equipe. o áudio é sofrível, as imagens são umas colagens sem pé nem cabeça, não encadeia uma coisa com a outra, não conta a história dele direito, passa um tempão focando nuns trem nada a ver, não põe os depoimentos direito, não mostra nem as músicas direito! triste, pois deu mó vontade de ver um filme bom sobre o cartola.
domingo
a profecia celestina: sim, o tema é controverso, mas eu já sabia do que se tratava. achei o livro ótimo, e ainda bem que já tinha lido, senão não teria entendido patavina. muito corrido, as informações atropeladas, e ainda pareceu bem amador quando lá na frente o sujeito faz referência a algo que é fundamental no livro e tinha sido suprimida no filme. hello, alguém releu o roteiro antes de filmar?
clube da luta: nota onze! eu já tinha visto, mas como foi a primeira vez que vi de novo, ou seja, sabendo o final, acabou sendo um outro filme pra mim, tão bom quanto o primeiro! esse é obrigatório!
segunda
quanto vale ou é por quilo?: do caralho! confesso que assustei quando li a sinopse e achei que lá vinha bomba, mas dei o crédito às críticas positivas e achei fantástico. o filme é tão direto e cru na sua crítica que não tira o nem seu próprio cujo da reta, mas há que se admitir que tem que ter culhão pra patrocinar tamanha exposição de feridas tão bem disfarçadas da nossa sociedade. não importa. com ou sem segundas intenções, o recado foi dado, e bem dado. quem tem ouvidos que ouça, quem tem olhos que os abra...
meu nome não é johnny: ó, eu gostei demais, viu? gostei da sinceridade do cara, como ele não se faz de coitadinho pra ganhar a simpatia do espectador, ele foi aquilo mesmo, foi escroto, tava pouco se fudendo, foi em cana, teve o que mereceu. mas pagou, e recomeçou a vida. o filme resvala na pieguice apenas quando mostra a beleza da possibilidade de se recuperar de uma vida de crimes e blablabla, mas porra, aquele manicômio não foi nada romantizado! a barra é pesada mesmo e o cara só se recuperou pq não teve escolha (e pq não era doido mesmo, nem burro). fosse ficção eu ia achar o final meio chulé, mas sendo a história real, não tinha como ser muito diferente.
terça
batismo de sangue: também nacional, também verídico, também chocante, também ótimo. baseado no livro do frei betto, o filme conta a participação dos frades dominicanos na luta contra a ditadura militar no brasil, com destaque para as histórias do próprio frei betto e de seu colega, frei tito. as cenas fortes de tortura são de nausear quem tenha sangue nas veias, o filme é pesado, triste, angustiante, mas eu acho que é o tipo de história que precisa ser contada e lembrada sempre. e, no caso, isso foi feito muito bem.
trapaceiros: pra aliviar a alma no fim do carnaval, woody allen na veia é o melhor remédio. ainda mais quando ele vem com sua faceta mais hilária. "trapaceiros" pode até não ser das melhores produções do cara, mas é até covardia querer que um diretor seja sempre genial. o argumento é bobinho, a história é muitas vezes previsível, mas os diálogos inteligentes e as situações inusitadas não deixam dúvidas quanto à paternidade do filme, e garante muitas e ótimas risadas!
quarta eu trabalhei, humpf.
mas pra facilitar a transição, rolou mais um woody antes de dormir! celebridades, outro filme não-genial mas com o inconfundível dna woodyalleniano. tanto que a gente reconhece o mestre até quando ele está disfarçado de kenneth branagh! boas e despretensiosas risadas garantidas!
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
balanço cultural de carnaval
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Um comentário:
Ei Clarice,
e como caiu água.
só não melou o entusiasmo, na minha opinião,feriado de carnaval é o melhor.
adorei a postagem
abraço.
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