designer, este ser incompreendido...

o cliente era gente boa. sem enrolação, disse que precisava de uma logomarca pra ontem (como sempre), e nem perguntou o preço. fiz, ele gostou. pagou em cash, direitinho. pediu um flyer, me ditou por telefone o que tinha que entrar e falou que era pra incluir a logo da academia "x", parceira dele, no rodapé - ele pediria pra enviarem a logo. não enviaram. mandei pra ele ver o flyer com o espaço reservado e disse que não recebi a logo.

ele pediu pra eu falar com eles. oquei, liguei lá pra cobrar, ô, só falta isso. primeiro me mandaram um jpg em 72dpi. liguei de novo, pedi em corel. colaram o jpg no corel e me mandaram (acho que todo dizáiner passa por isso...). e o dead line se aproximando, eu tinha que mandar o trem pra gráfica e até pra conseguir conversar com alguém da academia era um tormento.

como eu sou uma profissional ética, responsável e caprichosa (tá, perfeccionista pra caralho!), peguei a desgraceira do jpg e vetorizei, unica e exclusivamente para não fuder com o flyer do meu cliente que estava todo bem feitinho. mandei pra gráfica no último minuto e ainda fui gente boa de mandar um e-mail pra academia "x" com uma cópia (em jpg, 72 dpi, lógico!) do flyer e o recado de que havia redesenhado a logo e enviado o flyer para a gráfica, mas que caso houvesse algum problema na logo que redesenhei era pra eles me ligarem o mais cedo possível que eu tentaria abortar a missão.

isso tem uns quatro meses. hoje eu recebo o telefonema de uma empresa de silk em camiseta me pedindo pra mandar a logo da academia "x" pra eles em corel, porque eles iam fazer uma camiseta e só tinham o jpg, mas avisaram que eu tinha em vetor. putz, eu fiquei tão passada com a capacidade humana de ser cara de pau que nem consegui falar o número da minha conta! disse que não sabia se ainda tinha o arquivo e que teria que procurar, se ele podia me ligar mais tarde. a ligação "caiu" e até agora neca. isso foi na hora do almoço.

beleza, eu sei que sou boazinha, otimista, às vezes até ingênua, mas OTÁRIA também é demais, né não?